Quem Somos

O Centro Pedagógico Casa dos Pandavas foi fundado pela Associação Palas Athena em 1977 no bairro dos Souzas, município de Monteiro Lobato. Sua construção foi feita  através do trabalho voluntário de sua equipe e  inúmeras campanhas de levantamento de fundos . Nasceu como lar para crianças em situação de vulnerabilidade social. Ao atingirem  a idade escolar criou-se, em 1986, uma Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental para atender essa necessidade e, tendo em vista o interesse das famílias vizinhas em matricular seus filhos, a escola foi aberta para toda a comunidade, atendendo gratuitamente 140 crianças por ano. O então Centro Pedagógico Casa dos Pandavas foi equipado, sustentado financeira e pedagogicamente pela Associação Palas Athena de 1977 até 2008. A Associação Palas Athena foi também o responsável legal pelo Centro Pedagógico até 2008,  quando foi criado o Instituto Pandavas para dar continuidade  a este trabalho.

LOGO-INSTITUTO-PANDAVAS-242x300

O Instituto Pandavas – Núcleo de Educação, Cultura e Ações Socioambientais

O Instituto Pandavas – Núcleo de Educação, Cultura e Ações Socioambientais surge em 2008 com o desafio primordial de manter o CPCP sem descuidar-se de suas outras áreas de atuação, todas convergentes com este objetivo primeiro. Neste sentido, realiza periodicamente mutirões, não apenas para a manutenção do espaço e das edificações, mas como importante ferramenta para que o estudante, trabalhando junto com seus familiares e educadores, conserve e valorize seu local de aprendizado. Festas e eventos são organizados com a ajuda das famílias a fim de angariar fundos para a escola. Em 2010, graças ao trabalho de preservação ambiental desenvolvido, o Instituto Pandavas recebeu da Unesco o selo de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É nesta área de mata preservada que o Instituto recebe crianças de escolas públicas e privadas de cidades do Vale do Paraíba para participarem de seu Projeto Trilha, com atividades diversificadas de Educação Ambiental.

TEXTO 06 (7)

Centro Pedagógico Casa dos Pandavas

O Centro Pedagógico constitui-se como uma experiência pioneira de educação, pela promoção da convivência entre os diferentes grupos da comunidade; da pesquisa e do aprendizado de novas propostas pedagógicas que melhor atendam à realidade local. Além da educação formal, promove seminários pedagógicos para a formação de educadores, oficinas para adolescentes. Mantém um Museu de História Natural – construído dentro dos princípios da bioarquitetura e atua em projetos dentro da comunidade, enfatizando atividades que ampliem seu universo cultural. Outro diferencial da escola é a metodologia empregada na resolução de conflitos. Por meio de um atendimento individualizado, de reuniões específicas envolvendo problemas coletivos e, principalmente através das assembleias, procura incentivar o diálogo como ferramenta primordial para abordar relações conflituosas, seja entre educandos, educadores e familiares. Por conta dessa dedicação o Instituto Pandavas foi reconhecido pelo MEC como umas das 178 Escolas Inovadoras Inovadoras. Aqui também a Educação Ambiental assume papel de destaque em iniciativas como o Projeto Trilha, que aborda, entre outras coisas, a importância da preservação das nascentes e a valorização da vegetação nativa e Estação Ecológica, que explora possibilidades de redução daquilo que chamamos de lixo, mostra técnicas de reutilização, reciclagem dos materiais e redução do consumo de energia.

Significado do nome Pandavas

A palavra Pandavas vem da mitologia hindu, de uma epopeia chamada Mahabharata. O livro Bhagavad Gita, parte desta epopeia, narra o momento da batalha, onde Krishna, o ser superior, transmite seus ensinamentos a Arjuna, o arqueiro, o homem em processo de descoberta de sua natureza espiritual.
A estória diz que há muitos anos atrás havia um rei, na cidade de Hastinapura, antiga capital da Índia, que teve dois filhos: Dritarashtra e Pandu. O mais velho Dritarashtra nasceu cego. Naquele tempo era impossível alguém governar se tivesse uma deficiência física, pois o rei deveria ser um guerreiro para defender seu país. Por isso, quando o velho rei morreu, embora Dritarashtra fosse o primogênito, o reinado passou legalmente para Pandu.

Os dois irmãos se casaram. Dritarashtra teve 100 filhos e Pandu teve 5, que foram chamados de Pandavas. Pandu morreu muito cedo, deixando os filhos pequenos. Até eles atingirem a maioridade a Índia foi governada provisoriamente por Dritarashtra.

Quando chegou o momento do filho mais velho de Pandu assumir o trono, seu primo mais velho achou que esse direito era seu e assim tentou de várias formas eliminar os Pandavas, utilizando-se para isso de meios covardes e desumanos. Como não conseguiu de nenhum jeito o que desejava, acabaram por defrontar-se em uma batalha sangrenta, onde finalmente os Pandavas puderam provar suas virtudes e sair vencedores.

Simbolicamente, a batalha se dá pela conquista da sabedoria, representada pela capital da India, Hastinapura. É a eterna luta do homem entre o Bem e o Mal, luta esta que se dá no seu interior, entre virtudes e vícios e entre o homem, com seus valores pessoais, e a sociedade.

 

 

Simbolismo do Arco e Flecha

O arco e a flecha aparecem em diferentes tradições, com representações muito semelhantes: o arco representa firmeza, vontade e determinação; a flecha simboliza o pensamento que se eleva ao infinito em busca do eterno conhecimento, a libertação; o alvo, a Sabedoria, a luz, a imortalidade.
O arqueiro que aponta seu arco para um alvo distante, nos remete para uma longa viagem rumo ao conhecimento, é a representação de uma meta, uma abertura ao Universo. É preciso ter os pés firmes no chão, pensar com a cabeça e agir com o coração.

O arco e a flecha representam o plano espiritual e consciente, com os quais o arqueiro busca sua “estrela”. São símbolo de coesão, da união entre o terrestre e o celeste, do real e do ideal, do consciente e do inconsciente, do instintivo e do racional, da matéria e do espírito, do humano e do divino. No fundo, simboliza a nossa parte terrestre que almeja a nossa parte celeste.
Arjuna, o terceiro filho de Pandu,(pai dos Pandavas) é o arqueiro por excelência. Representa o homem em processo de evolução.